Embriologia
Embriologia
A embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário dos organismos vivos, ou seja, o processo de formação do embrião a partir de uma única célula, o zigoto, que originará um novo ser vivo.
Ela estuda todas as fases do desenvolvimento embrionário desde a fecundação, formação do zigoto até que todos os órgãos do novo ser estejam completamente formados. Também são consideradas as etapas anteriores à gestação do embrião, uma vez que influenciam no processo.
Atualmente a embriologia é uma parte da Biologia do Desenvolvimento, e está relacionada com diversas áreas de conhecimento como a citologia, a histologia, a genética, a zoologia, entre outras. Algumas das especialidades da Embriologia são:
- Embriologia Humana
- Embriologia Comparada
- Embriologia Vegetal
Embriologia Humana
Área que se dedica ao conhecimento sobre o desenvolvimento de embriões humanos, estudando as malformações e doenças congênitas. A embriologia clínica ou médica aos estudos sobre embriões em processos de reprodução assistida.
Tomando como exemplo o desenvolvimento embrionário humano, as fases do desenvolvimento do novo indivíduo são:
- Gametogênese
Na gametogênese são formados os gametas a partir de células especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe.
Nos gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar, originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem menor.
2. Fecundação
Após o ato sexual os espermatozoides lançados dentro do corpo feminino têm de alcançar o ovócito. Quando um espermatozoide consegue penetrar no ovócito secundário é completada a divisão meiótica e o óvulo recém-formado pode ser fertilizado. Na fecundação ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos gametas e formação do zigoto.
3. Desenvolvimento Embrionário Humano
Basicamente em todos os animais o desenvolvimento do embrião abrange três fases principais: segmentação, gastrulação e organogênese.
- Segmentação
Logo após a formação do zigoto iniciam as clivagens, fazendo aumentar o número de células. As divisões são rápidas e em cerca de uma semana, no estágio de blastocisto, se fixará na parede uterina para dar continuidade ao processo.
- Gastrulação
Nessa fase aumenta não só o número de células, como o volume total do embrião. São formados os três folhetos germinativos ou folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma), iniciando a diferenciação celular que originará os tecidos do corpo.
- Organogênese
Na organogênese começam a ser formados os órgãos. Os primeiros são os órgãos do sistema nervoso originados do ectoderma, a camada mais externa. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação.
Embriologia Comparada
É o estudo que relaciona o desenvolvimento embrionário de espécies distintas. este campo da biologia constata que, nas etapas iniciais da formação fetal, as espécies mantém embriões extremamente parecidos, somente em estados mais avançados se diferenciam.
A análise comparativa do desenvolvimento embrionário de animais fornece outro tipo de evidência de evolução.
No início do desenvolvimento embrionário dos cordados, podemos observar a formação de estruturas anatomicamente semelhantes. Pode-se verificar que as fendas branquiais, por exemplo, ocorrem em todos os grupos, sejam eles aquáticos ou não. Nos peixes, essas fendas darão origem às brânquias funcionais; nos vertebrados terrestres, entretanto, as fendas originam estruturas da cabeça e do pescoço.
Outro exemplo é a notocorda, estrutura de sustentação que aparece nas primeiras fases do desenvolvimento embrionário de todos os cordados e desaparece na fase adulta da maioria dos animais desse grupo.
Essas e outras estruturas constituem mais um indicativo de que os cordados compartilham um mesmo ancestral evolutivo, que teriam transmitido esses caracteres a todas as demais espécies do grupo.
Embriologia vegetal
As plantas superiores, que produzem sementes, formam células geradoras de gametas. São os gametófitos masculinos (microgametófitos) e femininos (macrogametófitos), que têm origem em órgãos especializados denominados esporângios (microesporângios e macroesporângios, respectivamente). Nas gimnospermas (plantas que não florescem nem frutificam), os microesporângios acham-se em estruturas cônicas chamadas estróbilos e os macroesporângios em outras, também cônicas e de maior tamanho, chamadas macrostóbilos - que correspondem, por exemplo, às pinhas do pinheiro. Por sua vez, nas angiospermas (vegetais que dão flor e fruto), os microesporângios correspondem a órgãos homólogos, as anteras, e os macroesporângios, aos pistilos.
Nas gimnospermas, o microgametófito é constituído de uma célula vegetativa e outra generativa, ambas haplóides (com um só jogo cromossômico, conseqüência do processo de divisão celular conhecido como meiose). A partir da célula generativa, durante o processo de fecundação, formam-se duas células, a pedicular e a espermatógena. O núcleo desta última se biparte, e assim a célula passa a constar de quatro núcleos haplóides. Nas plantas angiospermas, o microgametófito compõe-se de uma só célula, que contém três núcleos haplóides, dois espermáticos e um vegetativo.
O macrogametófito se compõe, nas gimnospermas, de múltiplas células haplóides, várias das quais são óvulos (gametas femininos que se fundem com um núcleo espermático, para formar o zigoto) e, nas angiospermas, de sete células: uma central, com dois núcleos haplóides, e dois grupos de três células haplóides em posição polar.
Quando o micromegatófito contido num grão de pólen entra em contato com um macroesporângio, dá-se a polinização. O grão de pólen lança o tubo polínico, pelo qual migram os núcleos espermáticos, que entram em contato com as células do macromegatófito para processar-se a fecundação. Nas gimnospermas, três dos núcleos do micromegatófito degeneram e o restante se funde com o óvulo para formar o zigoto. Nas angiospermas, um dos núcleos espermáticos se une ao óvulo (a célula central de um dos pólos do macromegatófito) e o outro se funde com os dois núcleos da célula central. Assim se constitui o endosperma, tecido de reserva que serve de nutriente ao embrião durante seu desenvolvimento.
Os zigotos formados começam a dividir-se ativamente mediante mitose, até formar o embrião, que consta de uma raiz e um talo jovens e de dois ou mais cotilédones (folhas embrionárias), nas gimnospermas, e de um ou dois cotilédones nas angiospermas (conforme sejam monocotiledôneas ou dicotiledôneas). A multiplicação das células caracteriza distintas zonas embrionárias, além dos cotilédones: nas dicotiledôneas, por exemplo, se distinguem o núcleo ou meristema radicular, a fração central ou hipocótilo, a superior ou meristema caulinar, o Albume e o tegumento da semente. Rodeada dos restos de tecido do macroesporângio, constituem-se as sementes que, no caso das angiospermas, ficam dentro do fruto. Depois de uma fase de latência, as sementes germinam e dão início ao crescimento da planta.
Fontes:
https://biomania.com.br/artigo/embriologia
http://melhordabio.blogspot.com/2016/05/embriologia-comparada.html
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-embriologia/
A análise comparativa do desenvolvimento embrionário de animais fornece outro tipo de evidência de evolução.
No início do desenvolvimento embrionário dos cordados, podemos observar a formação de estruturas anatomicamente semelhantes. Pode-se verificar que as fendas branquiais, por exemplo, ocorrem em todos os grupos, sejam eles aquáticos ou não. Nos peixes, essas fendas darão origem às brânquias funcionais; nos vertebrados terrestres, entretanto, as fendas originam estruturas da cabeça e do pescoço.
Outro exemplo é a notocorda, estrutura de sustentação que aparece nas primeiras fases do desenvolvimento embrionário de todos os cordados e desaparece na fase adulta da maioria dos animais desse grupo.
Essas e outras estruturas constituem mais um indicativo de que os cordados compartilham um mesmo ancestral evolutivo, que teriam transmitido esses caracteres a todas as demais espécies do grupo.
Embriologia vegetal
As plantas superiores, que produzem sementes, formam células geradoras de gametas. São os gametófitos masculinos (microgametófitos) e femininos (macrogametófitos), que têm origem em órgãos especializados denominados esporângios (microesporângios e macroesporângios, respectivamente). Nas gimnospermas (plantas que não florescem nem frutificam), os microesporângios acham-se em estruturas cônicas chamadas estróbilos e os macroesporângios em outras, também cônicas e de maior tamanho, chamadas macrostóbilos - que correspondem, por exemplo, às pinhas do pinheiro. Por sua vez, nas angiospermas (vegetais que dão flor e fruto), os microesporângios correspondem a órgãos homólogos, as anteras, e os macroesporângios, aos pistilos.
Nas gimnospermas, o microgametófito é constituído de uma célula vegetativa e outra generativa, ambas haplóides (com um só jogo cromossômico, conseqüência do processo de divisão celular conhecido como meiose). A partir da célula generativa, durante o processo de fecundação, formam-se duas células, a pedicular e a espermatógena. O núcleo desta última se biparte, e assim a célula passa a constar de quatro núcleos haplóides. Nas plantas angiospermas, o microgametófito compõe-se de uma só célula, que contém três núcleos haplóides, dois espermáticos e um vegetativo.
O macrogametófito se compõe, nas gimnospermas, de múltiplas células haplóides, várias das quais são óvulos (gametas femininos que se fundem com um núcleo espermático, para formar o zigoto) e, nas angiospermas, de sete células: uma central, com dois núcleos haplóides, e dois grupos de três células haplóides em posição polar.
Quando o micromegatófito contido num grão de pólen entra em contato com um macroesporângio, dá-se a polinização. O grão de pólen lança o tubo polínico, pelo qual migram os núcleos espermáticos, que entram em contato com as células do macromegatófito para processar-se a fecundação. Nas gimnospermas, três dos núcleos do micromegatófito degeneram e o restante se funde com o óvulo para formar o zigoto. Nas angiospermas, um dos núcleos espermáticos se une ao óvulo (a célula central de um dos pólos do macromegatófito) e o outro se funde com os dois núcleos da célula central. Assim se constitui o endosperma, tecido de reserva que serve de nutriente ao embrião durante seu desenvolvimento.
Os zigotos formados começam a dividir-se ativamente mediante mitose, até formar o embrião, que consta de uma raiz e um talo jovens e de dois ou mais cotilédones (folhas embrionárias), nas gimnospermas, e de um ou dois cotilédones nas angiospermas (conforme sejam monocotiledôneas ou dicotiledôneas). A multiplicação das células caracteriza distintas zonas embrionárias, além dos cotilédones: nas dicotiledôneas, por exemplo, se distinguem o núcleo ou meristema radicular, a fração central ou hipocótilo, a superior ou meristema caulinar, o Albume e o tegumento da semente. Rodeada dos restos de tecido do macroesporângio, constituem-se as sementes que, no caso das angiospermas, ficam dentro do fruto. Depois de uma fase de latência, as sementes germinam e dão início ao crescimento da planta.
Fontes:
https://biomania.com.br/artigo/embriologia
http://melhordabio.blogspot.com/2016/05/embriologia-comparada.html
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-embriologia/
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