Teoria Sintética da Evolução- Isolamento Reprodutivo


Teoria Sintética da Evolução- Isolamento Reprodutivo

O isolamento reprodutivo resulta da incapacidade, total ou parcial, de membros de duas subpopulações se cruzarem, produzindo descendência fértil. Em geral, depois de um longo período de isolamento geográfico, as subpopulações isoladas se diferenciam tanto que perdem a capacidade de se cruzar, tornando-se reprodutivamente isoladas. A partir daí, essas subpopulações são consideradas espécies distintas.
O desenvolvimento de mecanismos que determinam o isolamento reprodutivo é fundamental para a origem das espécies. Populações reprodutivamente isoladas de outras passarão a ter história evolutiva própria e independente de outras populações. Não havendo troca de genes com populações de outras espécies, todos os fatores evolutivos que atuam sobre populações de uma espécie terão uma resposta própria. Dessa forma, o isolamento reprodutivo explica não apenas a origem das espécies, mas também a enorme diversidade do mundo biológico.
O isolamento reprodutivo funciona como uma barreira que impede a permutação dos genes.
Ele pode ser pré-zigótico ou pós-zigótico:

Pré-zigótico
Não permite a relação sexual ou impede o encontro de gametas após o cruzamento. E pode ser:
  • ·         Isolamento Habitacional
É quando duas espécies ocupam diferentes habitats impossibilitando sua reprodução. Exemplo: leões e tigres podem se cruzar em cativeiro, produzindo descendentes férteis, que é o “liger” (lion –leão + tiger-tigre). Isso não ocorre na natureza porque essas duas espécies vivem em habitats diferentes: os leões vivem nas savanas africanas e os tigres, nas florestas sul-asiáticas.





  • ·         Isolamento sazonal ou estacional
Ocorre quando duas populações que vivem na mesma região, têm os seus períodos de reprodução em épocas diferentes. Portanto apesar do contato físico entre os dois grupos, há um isolamento reprodutivo.
  • ·         Isolamento etológico
O termo etológico refere-se a padrões de comportamento. Para os animais, este é o principal mecanismo pré-copulatório. Neste grupo estão incluídos os mecanismos de isolamento devido à incompatibilidade de comportamento baseado na produção e recepção de estímulos que levam machos e fêmeos à cópula. Esses estímulos são específicos para cada espécie. Um exemplo, entre muitos, é o canto das aves: as fêmeas são atraídas para o território dos machos de sua espécie em função do canto, que é específico.
  • ·         Isolamento mecânico
Ocorre quando há uma diferença dos órgãos reprodutores das populações, o que impossibilita a fecundação.




Pós-zigótico
Não permite o desenvolvimento dos híbridos, podendo também restringir a fertilidade ou a transição dos seus descentes. Ele pode ser:
  • ·         Mortalidade gamética:
 Fenômenos fisiológicos que impedem a sobrevivência de gametas masculinos de uma espécie no sistema reprodutor feminino de outra espécie.
  • ·         Mortalidade do zigoto:
Se ocorrer a fecundação entre gametas de espécies diferentes, o zigoto poderá ser pouco viável, morrendo devido ao desenvolvimento embrionário irregular.
  • ·         Inviabilidade do híbrido:
Indivíduos resultantes do cruzamento entre indivíduos de duas espécies são chamados de híbridos interespecíficas. Embora possam ser férteis, são inviáveis devido a inferioridade adaptativa ou a menor eficiência para a reprodução.
  • ·         Esterilidade do híbrido
Ocorre o nascimento do híbrido, porém com esterilidade.



  • ·         Deterioração de F2
É o caso em que a primeira geração de híbridos interespecíficos (F1) é normal e fértil, fenômeno conhecido como vigor do híbrido. Indivíduos da geração F2, entretanto, são fracos ou estéreis. Essa deterioração decorre de uma recombinação gênica incompatível por ocasião formação dos gametas que dão origem à segunda geração.




Fontes:


Comentários

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